Empresa utiliza tecnologias para promover mudanças sociais
24/04/2013 23:27

Uma empresa com viés social, em que o lucro não é o principal objetivo. Essa é ideia de um novo termo ainda incomum no Brasil: quarto setor, também conhecido como setor "dois e meio". Apesar de raras, iniciativas desse tipo começar a se projetar. Por aqui, um dos principais exemplos é a Lung, localizada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
De acordo com o sócio-fundador e publicitário Domingos Secco, a Lung é um empreendimento com fins lucrativos, mas com um propósito social, em que há uma preocupação em transformar as cidades, gerar economias efetivas e projetar o interesse de todos para os desafios sociais que precisam ser enfrentados. Para ele, isso implica um sistema que utiliza ferramentas tecnológicas e funciona por meio de parcerias entre uma tríplice hélice, composta por governos, universidades e empresas.
Além de Secco, a empresa é composta pelo também sócio-fundador e jornalista Daniel Bittencourt e quatro funcionários responsáveis por áreas como planejamento, design, produção e gerenciamento de conteúdo. Todos são remunerados, mas o trabalho é domiciliar e ocorre de acordo com a demanda, em uma espécie de autogestão centrada em cada um. Incubada no complexo tecnológico da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), a empresa foi registrada formalmente em setembro de 2011. No entanto, seu primeiro projeto, o redencao.cc, foi criado no ano anterior.
Tecnologias para compartilhar informações
O redencao.cc foi desenvolvido a partir do conceito de wikispot, que consiste na ideia de utilizar tecnologias para compartilhar percepções, recordações e informações. Trata-se de uma plataforma na qual usuários podem publicar fotos, histórias, dados e impressões sobre o Parque Farroupilha, localizado em Porto Alegre e também conhecido pelo nome de Redenção. O wikiparque foi desenvolvido para fomentar uma campanha publicitária da própria Unisinos, que queria promover um concurso vestibular e a implantação de um novo campus na capital gaúcha.
A proposta deu tão certo que a Prefeitura de Porto Alegre entrou em contanto com criadores do projeto do parque. Em janeiro de 2011, começaram os preparos da primeira wikicidade brasileira, a portoalegre.cc. Dessa vez, o projeto foi desenvolvido a partir de recursos provindos da universidade e da capital. Segundo Secco, a Lung está negociando novas plataformas desse tipo com prefeituras e empresas de diversas localidades, inclusive com uma cidade europeia. Um dos motivos de não haver mais exemplos é que a empresa está preocupada em desenvolver apenas projetos que se adequem à sua filosofia social, o que exclui ligações com partidos políticos e candidatos a cargos eletivos. No momento, a única wikicidade já confirmada para entrar no ar em 2013 é a cruzalta.cc, que está sendo desenvolvida em parceira com a Associação Comercial, Industrial, Cultural, Serviços e Agropecuária de Cruz Alta, cidade gaúcha.
Projetos só são viáveis com parcerias
Outras ideias postas em prática pela Lung foram o Tchêpédia e o Curtindo Porto Alegre. Lançado durante a Semana Farroupilha, o dicionário de "gauchês" é um plataforma de recolhimento de informações sobre as características do português falado no estado mais ao sul do País. Por meio dele, os usuários podem identificar o local em que um determinado dialeto é comum, assim como gravar a pronúncia do mesmo ou, ainda, definir o seu significado corrente. Composto por mais de 850 expressões e palavras, o projeto foi desenvolvido em parceira com a IBM e encomendado pelo Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha (CBTG). Já o outro é a segunda plataforma desenvolvida para a Prefeitura da capital do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma agenda colaborativa, em que os internautas podem cadastrar eventos culturais, esportivos, sociais e afins que vão ocorrer na cidade.
De acordo com Secco, empreendimentos como esses somente são possíveis por meio de parcerias, criando uma rede de serviços. O que é, aliás, uma das características do quarto setor. Para tanto, é necessário, buscar empresas que detêm valores comuns e competência para embasar o trabalho. Além disso, no caso dos serviços da Lung, é importante que os negócios tenham consciência de que se trata de trabalho contínuo, pois as plataformas requerem acompanhamento.
De acordo com o sócio-fundador e publicitário Domingos Secco, a Lung é um empreendimento com fins lucrativos, mas com um propósito social, em que há uma preocupação em transformar as cidades, gerar economias efetivas e projetar o interesse de todos para os desafios sociais que precisam ser enfrentados. Para ele, isso implica um sistema que utiliza ferramentas tecnológicas e funciona por meio de parcerias entre uma tríplice hélice, composta por governos, universidades e empresas.
Além de Secco, a empresa é composta pelo também sócio-fundador e jornalista Daniel Bittencourt e quatro funcionários responsáveis por áreas como planejamento, design, produção e gerenciamento de conteúdo. Todos são remunerados, mas o trabalho é domiciliar e ocorre de acordo com a demanda, em uma espécie de autogestão centrada em cada um. Incubada no complexo tecnológico da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), a empresa foi registrada formalmente em setembro de 2011. No entanto, seu primeiro projeto, o redencao.cc, foi criado no ano anterior.
Tecnologias para compartilhar informações
O redencao.cc foi desenvolvido a partir do conceito de wikispot, que consiste na ideia de utilizar tecnologias para compartilhar percepções, recordações e informações. Trata-se de uma plataforma na qual usuários podem publicar fotos, histórias, dados e impressões sobre o Parque Farroupilha, localizado em Porto Alegre e também conhecido pelo nome de Redenção. O wikiparque foi desenvolvido para fomentar uma campanha publicitária da própria Unisinos, que queria promover um concurso vestibular e a implantação de um novo campus na capital gaúcha.
A proposta deu tão certo que a Prefeitura de Porto Alegre entrou em contanto com criadores do projeto do parque. Em janeiro de 2011, começaram os preparos da primeira wikicidade brasileira, a portoalegre.cc. Dessa vez, o projeto foi desenvolvido a partir de recursos provindos da universidade e da capital. Segundo Secco, a Lung está negociando novas plataformas desse tipo com prefeituras e empresas de diversas localidades, inclusive com uma cidade europeia. Um dos motivos de não haver mais exemplos é que a empresa está preocupada em desenvolver apenas projetos que se adequem à sua filosofia social, o que exclui ligações com partidos políticos e candidatos a cargos eletivos. No momento, a única wikicidade já confirmada para entrar no ar em 2013 é a cruzalta.cc, que está sendo desenvolvida em parceira com a Associação Comercial, Industrial, Cultural, Serviços e Agropecuária de Cruz Alta, cidade gaúcha.
Projetos só são viáveis com parcerias
Outras ideias postas em prática pela Lung foram o Tchêpédia e o Curtindo Porto Alegre. Lançado durante a Semana Farroupilha, o dicionário de "gauchês" é um plataforma de recolhimento de informações sobre as características do português falado no estado mais ao sul do País. Por meio dele, os usuários podem identificar o local em que um determinado dialeto é comum, assim como gravar a pronúncia do mesmo ou, ainda, definir o seu significado corrente. Composto por mais de 850 expressões e palavras, o projeto foi desenvolvido em parceira com a IBM e encomendado pelo Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha (CBTG). Já o outro é a segunda plataforma desenvolvida para a Prefeitura da capital do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma agenda colaborativa, em que os internautas podem cadastrar eventos culturais, esportivos, sociais e afins que vão ocorrer na cidade.
De acordo com Secco, empreendimentos como esses somente são possíveis por meio de parcerias, criando uma rede de serviços. O que é, aliás, uma das características do quarto setor. Para tanto, é necessário, buscar empresas que detêm valores comuns e competência para embasar o trabalho. Além disso, no caso dos serviços da Lung, é importante que os negócios tenham consciência de que se trata de trabalho contínuo, pois as plataformas requerem acompanhamento.